sábado, 30 de agosto de 2008

Sun of illusions

Aquele reino era basicamente comercial, e com apenas algumas oficinas de artesãos espalhadas por todo o reino. A única indústria ali existente era a Sun of Illusion. Nela trabalhava o racional, e ele tinha como chefe o boneco de neve.

Boneco de neve não era mais o mesmo de tempos passados. O clima, o tempo, a degradação do reino fizeram com que seus antes brilhantes flocos de neve, estivessem opacos como uma lua sem brilho.

O racional apesar de não parar de pensar na sua estrela, e de estar preocupado com o texto, conseguia ainda assim trabalhar. Mas boneco de neve percebe que algo afligia o racional.

Boneco de neve decide então indagar ao racional o que estava acontecendo. Mas o racional, orgulhoso como poucos, negava veemente que existisse qualquer coisa errada.

Depois de insistir muito o boneco consegue um desabafo emocionante do racional. Ele conta alguns dos seus problemas, mas ele ainda orgulhoso não revelara nada sobre a estrela. E dificilmente ele revelará, ele sabe que aquela é uma jornada exclusiva dele. Seja para o bem como para o mal.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A velha filosofia

O texto, a dúvida, a batalha, isso fazia parte do cotidiano do racional agora. Antes o racional filosofava sem rumo e limite.

Muitos naquele reino insalubre acreditavam que a filosofia desapareceria do racional. Mas o que poucos sabem é que o racional pode ser tirado da filosofia, mas nunca a filosofia do racional.

A velha filosofia importante em momentos passados, agora será reformulada para resolver as indagações recentes do racional.

O racional sabe contudo que sua rainha o espera com aquele texto. Mas sua estrela se afasta cada vez mais rápido. Deveria o racional atender sua rainha e arriscar perder a estrela, ou correr atrás daquela estrela e ser expulso daquele reino insalubre porém ainda rico para ele ?

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A rainha

O reino a qual o racional pertencia não possuía mais a riqueza que tivera outrora. Seus velhos súditos estão o abandonando, procurando um lugar melhor para viver.

A velha rainha nova, sempre distante dos seus súditos, percebe que aquele ser racional, sabe como poucos escrever. Ela se entristece por não ter um texto escrito exclusivamente para ela. O racional agora é obrigado a escrever para a rainha.

Não seria difícil para o racional escrever para a rainha. Ele nutria por ela um amor, não o mesmo que ele sentia pela estrela, desde que ela ascendeu ao trono. Ele sabia contudo que o amor da rainha para com ele era infinitamente maior.

O racional pensa em como escrever para a rainha, mas a presença daquela estrela reside em seu pensamento, deixando-o incapaz de escrever.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

O Veneno

Buscando respostas para sua indagação, o racional caminha para obter maior objetividade e clareza.

E, olhando para aquela tarde ensolarada que lhe parecia fria, ele vê que o veneno penetrado em suas veias e o velho casaco que vestia não o aqueciam mais.

Um simples frasco de vidro transportava o veneno para o seu corpo através de uma fina agulha. O racional precisou apenas retirá-la para que o frasco se rompesse e o veneno se evaporasse naquela tarde.

Mas o velho casaco não queria deixar o racional. Ele ainda desejava cobrir aquele corpo, mesmo sabendo que o já frio racional nunca mais se aquecerá com ele.

Depois de lutas intensas, o racional se despe daquele velho casaco, mas o mantém nas costas, pois um dia lhe poderá ser útil ainda.

Agora ele sente menos frio, mas ele sabe, contudo, que apenas o calor da sua estrela o aquecerá verdadeiramente.

O Claro

Observando que a mentira é algo que diverte todas as estrelas da constelação a qual sua estrela pertence, o racional tenta ligar os pontos para descobrir onde ele falhou.

Mas olhando em suas memórias, livros, rascunhos ele vê que nunca falhara, exceto por um ponto: nunca ter sido claro o bastante para que sua estrela pudesse percebe-lo.

E agora o racional sofrerá não apenas pela distância, mas também pelo fato de ter percebido que suas tentativas nunca foram válidas. Elas eram apenas grafites camuflados num quarto sem luminosidade.

Mas aquele racional ainda não sofre. Talvez ele ainda carregue a esperança de ter a aquela estrela perto dele.

O Ártico

Com o som que veio do ártico o racional tenta estabelecer novos parâmetros para sua batalha.

Com frases sem um norte definido ele vai tentando estabelecer a meta para sua batalha. Mas sua estrela insiste em não revelar aquele segredo que ele tanto almeja saber.

Procurando cada vez mais estabelecer um norte ele percebia que de nada adiantaria fazer isso pois aquela estrela de forma sábia desconfigurava suas intenções.

O som ártico já estava chegando no fim e sua estrela não percebia qual era a dúvida que tanto ele queria sanar.

Mas sua estrela o revelara que sua constelação estava ficando cada vez mais distante da dele.

Depois de entender que aquilo não tinha sido um sonho, pois a noite passara para ele despercebida, ele tenta juntar as peças daquilo que pode ser a partida de sua estrela.

A dúvida

A tarde daquele fatídico dia prometia ser a mesma de sempre, exceto por aquela dúvida que reinava em sua mente.

O sempre racional agora está travando uma batalha jamais vista contra o emocional. Uma batalha épica sem precedentes na sua história. Em outros momentos, houve grandes preparativos para uma possível batalha destas mas ela nunca ocorreu.

A dúvida, a batalha, tudo poderia ser resolvido quando a lua estivesse no seu auge no céu.

Chegado o momento, ele tentou se passar despercebido diante de sorrisos e olhares. Procurou encontrar a origem da dúvida, mas nunca a resposta dela. Mas aquela estrela de brilho único não revelou mais do que ele já soubera.

E aquela dúvida e a batalha reinam até sua estrela lhe dizer qual caminho seguir.