terça-feira, 26 de agosto de 2008

O Veneno

Buscando respostas para sua indagação, o racional caminha para obter maior objetividade e clareza.

E, olhando para aquela tarde ensolarada que lhe parecia fria, ele vê que o veneno penetrado em suas veias e o velho casaco que vestia não o aqueciam mais.

Um simples frasco de vidro transportava o veneno para o seu corpo através de uma fina agulha. O racional precisou apenas retirá-la para que o frasco se rompesse e o veneno se evaporasse naquela tarde.

Mas o velho casaco não queria deixar o racional. Ele ainda desejava cobrir aquele corpo, mesmo sabendo que o já frio racional nunca mais se aquecerá com ele.

Depois de lutas intensas, o racional se despe daquele velho casaco, mas o mantém nas costas, pois um dia lhe poderá ser útil ainda.

Agora ele sente menos frio, mas ele sabe, contudo, que apenas o calor da sua estrela o aquecerá verdadeiramente.

Nenhum comentário: