quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Um gole do Veneno

Aquela era mais uma noite fria e escura para o racional. Sua filosofia sobre a estrela está a cada momento mais difusa e complexa.

Ele olha para o velho armário que está de fronte a sua cama. Um armário que fora lhe dado por seu pai, e que continha os vários livros que fazem parte da sua vida. Atrás de alguns daqueles livros se encontrava um pequeno frasco. Um frasco que continha o último gole daquele mesmo veneno que ele tinha se libertado.

Aquele último gole que ele deixava escondido era para ser usado apenas em algum momento crítico da vida dele. Mas o racional não resistiu a tentação e decidiu beber mais uma vez daquele veneno.

O veneno não trouxe o mesmo calor e a sensação de bem-estar que trouxera outros momentos ao racional. Porém ele conseguiu tirar um pouco o pensamento do racional da estrela, e o fez esquecer por um momento dela.

Mas o racional sabe que dificilmente contará com esse recurso novamente. Aquele era um veneno vendido apenas em um reino distante daquele no qual ele vivia. Ele fora comprado há tempos atrás numa viagem que o racional fez para conhecer as maravilhas do mundo. Mas sua estrela ainda está lá, quem sabe esperando apenas por uma mão para retornar.

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